"As pessoas vêem as coisas como elas são e perguntam 'por quê?'. Eu vejo as coisas como elas poderiam ser e pergunto 'por que não?'." (Bernard Shaw)
sábado, 25 de maio de 2013
Poiesis #3 - Vinicius de Moraes
Di Bordo #8- Di Mônica!
Vamos comemorar os 50 anos da baixinha e dentuça mais conhecida de todos os tempos. Passar pela infância sem ter lido os gibis da Turma da Mônica é quase impossível, e isso motivou o Di-Bordo a homenagear essa figura do mundo dos quadrinhos.
No vídeo participação do jornalista André Santana, entrevista realizada com Maurício de Sousa em 2009 e a cobertura na exposição oficial dos 50 anos de Turma da Mônica. Di Bordo #8 pra vocês!
sexta-feira, 17 de maio de 2013
Poiesis #2- Camões
sábado, 11 de maio de 2013
Di Bordo #7- Di Mamãe!
segunda-feira, 6 de maio de 2013
Poiesis #1- Cecília Meireles
Pessoal, teremos agora toda semana o vídeo Poiesis, é uma nova categoria do Di-Bordo onde textos, poesias, crônicas, músicas, enfim, toda essa arte da escrita será trabalha em forma de interpretação.
Nesse primeiro, a poesia de Cecília Meireles: "Mulher ao espelho".
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Di House!
É pessoal, não tinha como eu deixar de fazer um vídeo sobre essa série que eu simplesmente admiro pelo trabalho e competência de seu criador, roteirista, atores, enfim, toda a equipe. Sem dúvida trabalhos como esse me inspiram a estudar mais e permanecer no audiovisual.
sexta-feira, 20 de julho de 2012
Ao aniversário de Santos Dumont
No
ano de 2006, tive a oportunidade de participar de um concurso de redação para
universitários de todo o Brasil, cujo prêmio para os 50 primeiros colocados,
era a publicação em um livro, chamado “Santos-Dumont e o centenário do 14-Bis”.
Hoje, com o aniversário de Santos Dumont, não poderia deixar de lembrar a época
que estudei sobre esse grandioso homem para elaborar minha redação, sem dúvida
uma pessoa que merece ser lembrada para sempre. Em meu trabalho, fiz uma
carta póstuma, como se Santos Dumont a tivesse escrito antes de seu suicídio.
Abaixo,a redação na íntegra:
Carta Póstuma de Santos Dumont
O céu sempre me pareceu próximo.
Sondava-me a iminência de que ele também se sentisse próximo a mim, para romper
as divergências relativas e nos tornarmos apenas um em matéria: um ser celeste.
Meus braços trabalharam arduamente
para que fossem substituídos por asas. Minha ideologia era altruísta, pois se
desejava voar era pra conquistar um sonho não só meu, mas humanitário. Agora...aqui
estou com meu âmago balanceado. Por um lado a satisfação da exploração do
oceano celeste, por outro a utopia bombardeada por abutres.
Deixo registrada minha gratidão a
Julio Verne, sendo que com ele recebi as primeiras lições de aeronáutica. A repercussão
pôde ser vista em 1906, quando o 14 bis voou e elevou pela primeira vez um
homem ao ar por meios próprios. Subimos ao céu e deixamos olhos crédulos
esperando que a fantasia de voar se tornasse um ato do cotidiano. Maravilhosa
proeza a de voar! As asas do 14 bis não eram ilusórias como as de Ícaro, cujo
viu sua invenção se despedaçar e carregar consigo cada gota efêmera. Nesse
momento me sinto como Ícaro.
Uma vez que a maldade já nasce
dentro de cada homem, cabe a estes se querem desenvolvê-la ou não, as
oportunidades para despertá-la são inúmeras e o 14 bis não era uma delas.
A formação de meu caráter devo a
meus pais uma imensa gratidão.
Não consigo articular da maneira
que queria e deveria. É meu psicológico que está se retraindo, não sei como
isso acabará, ou se acabará.
Guerra: Produto do homem. A arte
dos militares de expandir todo o ódio enrustido. As esperanças anuladas, os
sonhos contidos.
Nós, os fundadores da
Aeronáutica, sonhamos com um futuro pacífico e grandioso para esta, no começo deste
século. Com a guerra estenderam-se todos os horrores que aterrorizaram a
humanidade. Apoderaram-se de nossos trabalhos.
As coisas eram tão belas, vistas
de cima antes da guerra. Não desejo a ninguém as maldades que a guerra trás,
pois criei um aparelho para unir a humanidade e não para destruí-la.
Gosto muito de uma frase de
Leonardo da Vinci que diz: “Quando tiver provado a sensação de voar, andará na
terra com os olhos voltados para o céu, onde esteve e onde desejará voltar”.
Podem me julgar a sandice os que não conseguirem enxergar o céu como eu o vejo.
Eu naveguei pelo ar. Ninguém antes de mim fizera igual.
O desejo de me tirar a vida parte
somente de um princípio: a ignorância. Minha? De forma alguma. Faço uma
retrospectiva de meus atos no decorrer da vida e me orgulho do que fiz pela
humanidade, mas ignoraram meu grande invento em troca de idéias de má índole.
As quatorze tentativas, os
quatorze erros, as quatorze perspectivas, as quatorze persistências, o 14 bis-
uma só derrota. Costumo falar que as invenções são, sobretudo, o resultado de
um trabalho teimoso.
Com a morte, desprender-me-ei da
vida humana e a possibilidade de chegar ao céu pode ser maior.
Minhas idéias vagam e eu não mais
as controlo. A vida, a morte; o céu, o chão; Deus, o inferno; o invento, a
destruição.
Enquanto criança, sempre levei
adiante a idéia do homem poder voar, não por ilusão, mas por determinação. As
risadas de meus amigos só serviam para me nutrir quando julgavam previamente
que eu não conseguiria. Ajudei-os com meu exemplo de perseverança.
O céu não tem limites. Com usa
imensidão pode abraçar a todos com seu manto estelar, os seres tão impuros, que
tanto esnobam os artifícios naturais. Mas entendo os astros, pois quando se
está no céu, o que se vê é a submissão do homem e a luta insensata de evolução,
ou digna de regressão, depende do ponto de vista.
A arte de engendrar é a arte de
por a vida em um invento, ou melhor, sua vida; pois a partir do momento que se
inventa algo, muitos se lembrarão do autor quando utilizarem o engenho. Alguns
até irão mais adiante, procurarão estudar a vida do inventor e lhe darão
grandes méritos por ter ajudado na evolução tecnológica.
Qualquer objeto é uma arma, se
usado de modo incorreto. O mesmo avião que nos leva às alturas pode nos levar
para baixo da terra. A mesma mão que criou o 14 bis, que tanto inventou, agora
tirará minha vida, aliás, já tiraram. Conforme disse minha vida está no meu invento,
o universo que criei e destruíram. Gozado! Tanto tempo para se inventar algo, e
tão pouco para destruí-lo. Talvez, só estivessem esperando que alguém
inventasse uma máquina própria para vôo e usá-la em guerras. Maldita vida afã e
vã.
Deixarei o mundo como se livra de
um fardo. Não culpo a humanidade, isso seria muito amplo. Não culpo ninguém,
isso seria medíocre de minha parte.
Já me considero um homem morto, o
que irá agora é apenas meu corpo, o material.
Dedico minhas obras e meus
últimos suspiros a todos que viverão à luz de uma eterna nostalgia, originária
do vôo da liberdade.
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- Livro: "Geração zero zero: fricções em rede"